quinta-feira, 21 de maio de 2009

Nej promove up grade para colegas nessa terra de descaso ambiental

Minha inquietação não permite que eu durma sem escrever algo sobre o curso de jornalismo científico e ambiental que o Nej promoveu neste sábado, 16 de maio. Azar dos que não foram, ou dos que não souberem aproveitar. Marcelo Leite deu várias dicas práticas para melhorar a vida dos jornalistas que buscam informações fidedignas. Mostrou que sempre precisamos melhorar. O encontro foi um presente do Nej para os colegas, alguns vieram do interior para participar. Mesmo com um preço pra lá de especial (100 pilas para os não associados ao Nej), infelizmente, o auditório da Associação Riograndese de Imprensa não lotou.

O pessoal das redações não compareceu... talvez isso seja um reflexo da atual cobertura da nossa imprensa, que tem sido “furada” com freqüência por veículos do centro do país. A Folha de S.Paulo com um repórter em Porto Alegre seguidamente estampa reportagens que não saem nos principais jornais da Capital gaúcha.Até mesmo o chefe da expedição Deserto de Cristal, o glaciologista Jefferson Cardia Simões, que esteve presente no evento, reconhece como o nosso jornalismo científico e ambiental anda ruim pelos pagos.

Escrevo essas palavras para deixar registrado como foi importante a iniciativa dos colegas do Nej nesse contexto de poucas investigações e reportagens sobre o ambiente gaúcho. Os nejianos ainda se esmeraram para não gerar resíduos descartáveis, para ter bolachinhas, chá e café, a melhor infra-estrutura possível para as ótimas palestras do Marcelo e do professor Wilson Bueno.

E o que mais me deixou incomodada é que pipocaram dezenas de pautas na conversa com os dois, mas muito do que foi dito precisará de uma ação vivencial da “teoria das brechas”, sim porque até o momento não saiu uma matéria nas nossas bandas sobre o contexto da flexibilização do Código Florestal e as mudanças climáticas, por exemplo.Se pegarmos a situação do Código Florestal, poderemos verificar o quanto precisamos nos engajar mais na disseminação das informações ambientais. Mas pra isso, precisamos conhecer o básico, o elementar: o que são e para que servem as Áreas de Preservação Permanente e a Reserva Legal, dois pontos cruciais que estão em jogo.

Em conversa com o Jefferson, comentei como estou chocada com a estagnação do Rio Grande do Sul. Peraí, vou explicar, antes que me metralhem. O gaúcho se considera melhor que os outros. Aqui nasceu o movimento ambientalista, é verdade.

Mas hoje o mundo mudou, mas o nosso movimento, surgido na década de 50 com Roessler, mudou pouco. Pior, parece que regrediu. Como assessora de comunicação da Rede de ONGs da Mata Atlântica, em Brasília, tive contato com diversas entidades que tem sede própria, tem dezenas de funcionários e geram muito conhecimento, articulação e mobilização. Só pra ter uma idéia, não há nenhum grande projeto de proteção ao Pampa, nosso principal bioma, exclusivo do Estado, perante ao Brasil. Nenhuma “king ONG”, como chamam as grandes organizações, tipo Conservation International, TNC ou WWF, conseguiu emplacar alguma ação no Pampa.

E algum repórter já perguntou como é a representação das ONGs no Conama? Isso sem falar nas barbaridades que vem acontecendo para desmantelar a pobre Sema, que vai completar 10 anos este ano. Alguns funcionários que não conseguiram ser cúmplices do processo que a secretaria está se transformando tiraram o time de campo. Pediram cedência para outras pastas, como a Secretaria da Agricultura ou para outros órgãos. A Sema hoje é o resultado da ação de um reduto de dar vergonha ao PSDB paulista. Bem que o Fabio Feldaman podia dar umas aulas para os correligionários gaúchos.

Estou fazendo esse desabafo porque percebi no curso como precisamos melhorar, como necessitamos abrir ainda mais os horizontes. Principalmente para fazer trabalhos que extrapolem os limites riograndenses. Me senti insignificante diante do relato do Marcelo sobre suas fontes de consulta. E mais: Marcelo afirmou uma coisa cada vez mais difícil nesses tempos de correria de maeprofissionalfilhaempresaria: é preciso ler muito, muito, muito em inglês, e português, é claro.

Mas e será que o nosso mercado gaúcho exige isso também? Infelizmente, não é no Rio Grande que as coisas acontecem. E em meio a todo marasmo editorial que ronda por aqui, a oportunidade que o Nej ofereceu foi um relâmpago de lucidez para que os colegas do Rio Grande acordem para essa realidade.

Qualquer um que tenha o mínimo de senso de bom jornalismo sabe que nossa cobertura precisa melhorar. Perguntei esses tempos para um colega que trabalha em uma área estratégica da principal empresa de comunicação daqui se eles estavam satisfeitos com a qualidade do jornal mais importante do estado. E ele me disse que sim, pois as vendas indicavam que estavam no caminho. E confessou: também não gosto do jornal, mas ele não é feito para pessoas como nós.Ou seja, se não tivermos leitores exigentes, pessoas que reclamem, que se manifestem, ou que não comprem o produto, a imprensa jamais vai melhorar. E antes de sermos jornalistas, somos cidadãos.

Por isso eu pergunto: será que o Nej não deveria manter um contato com as redações com os principais formadores de opinião para explicar o que significam determinadas pautas, como o contexto da alteração do Código Florestal para as futuras gerações em tempos de mudanças climáticas, por exemplo? Daí vem as justificativas dos exaustos colegas, que já fazem muito além das suas condições: trabalho voluntário, falta de tempo, de recursos etc, etc, etc.Confesso que tudo isso me incomoda. E muito. Pois o Nej não conseguiu decolar projetos que permitam contratar pessoas. Todo trabalho é no amor, como na maioria das ONGs gaúchas. Por isso, mas uma vez, devemos agradecer aos envolvidos na organização, em especial ao Reges e à Ilza, que tornaram essa capacitação possível. E que sejam bem-vindos os novos associados!

Por tentar ser uma cidadã consciente, exerço minha profissão trabalhando naquilo que acredito. Por isso, apesar das minhas diversas dificuldades pessoais, ainda faço parte do Nej. Nessa trajetória de mais de 15 anos trabalhando com comunicação e meio ambiente, onde o Nej teve uma importância vital, muitos me perguntam: mas o que é preciso fazer para integrar o Núcleo? Elementar: procure colocar em prática na sua profissão a cidadania a serviço de um planeta melhor. E foi justamente isso que os dois palestrantes mostraram no sábado. Cada um a sua maneira. Penas que o trabalho dos dois tenha pouca influência sobre o que estampam nas páginas dos jornais daqui.

Como uma onda...

A vida é feita de fases. Muitos já disseram isso.



Estou agora tentando colocar pra fora minhas inquietutes através desse poderoso meio de comunicação. Ele tem um poder que depende mais da gente do que qualquer outro.



Não consigo acompanhar as novidades tecnológicas. Talvez pelo fato de ser fruto de uma época de transição entre os mecânico e o tecnológico - pois usei muito a máquina de escrever e ouvi muito bolachão.



Mas vamos em frente, vou publicar desabafos e análises de uma conjuntura que parece que ninguém enxerga.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Bicicleta não é brinquedo, é um veículo

Por Kais Ismail*

O que mais precisa acontecer para que a humanidade mude os seus hábitos e garanta sua sobrevivência? Já não são suficientes e assustadores os sinais enviados pela natureza através de catástrofes ambientais? É fundamental realizar, o quanto antes, alterações no nosso estilo de vida, uma vez que está mais do que comprovado que o atual é autodestrutivo. Entre todas as modificações necessárias, a mais urgente refere-se ao trânsito, responsável por agredir tanto o homem como o planeta. Além de ser um dos maiores geradores de poluição, o trânsito brasileiro mata mais que qualquer guerra. Para reverter esse quadro, é essencial investir em campanhas e ações educativas que sirvam de exemplo para toda a população.

Quando resolvi abrir a Bike-Entrega estava decidido a fazer a minha parte em prol dessa mudança. Tenho filhos e desejo um bom futuro a eles, o que não existirá se a humanidade continuar poluindo como vem fazendo. Não há dinheiro e nem diplomas que garantam a felicidade de um homem sem a natureza a sua volta. Todos sabem que andar de bicicleta é saudável e um meio de transporte que não prejudica o meio ambiente e tampouco o tráfego de qualquer cidade. As bikes não atrapalham o trânsito, ao contrário, elas o desafogam. Nas ruas lotadas de carros e motos, elas atingem quase a mesma velocidade dos veículos motorizados e nas avenidas, ficam na pista destinada aos condutores mais lentos, a da direita. Por essas razões, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) considera a bicicleta como veículo que tem prioridade e preferência sobre os demais. E para tornar segura a locomoção dos cidadãos foram criados diversos artigos na legislação, deixando claro o incentivo ao seu uso. Especificações essas que vão desde equipamentos de segurança obrigatórios, distância a ser mantida pelos demais veículos e conduta dos ciclistas, às multas.

Não sabemos em que momento as leis de trânsito passaram a ser desrespeitadas no Brasil e nem em que velocidade elas foram ficando para trás. Hoje, a maioria das pessoas não tem conhecimento dessa legislação e nem imagina o quanto está sendo prejudicada por elas não serem fiscalizadas e cumpridas. O Código de Trânsito Brasileiro não foi criado à toa, ele é baseado em estudos realizados por técnicos que apontam o mais correto a ser aplicado.

Mediante as ameaças reais do homem ficar sem água potável e ar limpo para respirar, autoridades e governantes aparecem com novas propostas cometendo sempre o mesmo erro: o de ignorar o que já foi bem feito anteriormente. Neste caso, as leis de trânsito. Antes de se debater um Plano Diretor Cicloviário, o que vem sendo feito pela Câmara de Vereadores e sociedade, é vital se pensar na educação no trânsito. Se a prefeitura de Porto Alegre não fizer um trabalho sério nesse sentido, anterior à execução deste plano, os motoristas se tornarão ainda mais perigosos para os ciclistas que estiverem fora das ciclovias ou ciclofaixas. E o que acontecerá naqueles trechos que não serão atendidos pelo projeto? O que os trabalhadores que não possuem outro tipo de condução a não ser a bicicleta farão nesses locais sem ciclovias? Eles continuarão expostos ao perigo pelo não cumprimento do Código de Trânsito Brasileiro?

Se, atualmente, há alguém que se preocupa com a segurança dos ciclistas no trânsito, esse alguém sou eu. Sei que há na Capital muitas outras empresas que utilizam bicicletas para transporte, seja para entregar botijões de água, gás, compras da quitanda e da farmácia. Contudo, nenhuma delas parece se importar com a segurança de seus funcionários, pois não oferecem equipamentos de proteção essenciais como o capacete, por exemplo. E nem mesmo o Ministério do Trabalho parece se preocupar com esses trabalhadores, já que nunca fiscalizaram ou autuaram esses empreendimentos que colocam seus funcionários a trabalhar até de chinelos de dedo em um trânsito perigoso, onde os primeiros a faltarem com respeito aos ciclistas são os motoristas públicos, principalmente os de lotações. Desde que inaugurei a Bike-Entrega, tenho estudado, observado, praticado e perdido o sono preocupado com a segurança da minha equipe que circula por todos os cantos da cidade entre motoristas que se quer conhecem as normas do trânsito.

Recentemente, fui taxado de revoltado e tirado do ar de um programa jornalístico, ao vivo, sem o direito de explicar o meu ponto de vista sobre o projeto que define cerca de 495 quilômetros de trechos com potencial para ciclovias ou ciclofaixas em diferentes pontos da cidade. Não tive a chance de explicar o porquê de ser contra o debate sobre o Plano Cicloviário sem antes fazer com que as leis do Código de Trânsito Brasileiro sejam respeitadas. Não pude falar sobre os dois grupos de ciclistas que existem em Porto Alegre e que somente um deles será beneficiado com essa proposta, que será o menor e o que menos precisa. Que são aqueles que andam eventualmente de bicicleta, em geral, nos finais de semana. O maior grupo é formado por aqueles que trabalham com suas bikes e precisam enfrentar o trânsito diariamente.

Também não tive a oportunidade de comentar sobre os R$ 80 mil que qualquer microempresa que tenha dez funcionários poderá economizar em dez anos se fornecer bicicletas e a manutenção delas aos seus funcionários em troca de vale-transporte. Ou na quantidade de pessoas que se sentiriam seguras para finalmente deixar o carro na garagem e utilizar bicicletas para se locomoverem. E nem no tanto de dióxido de carbono (CO2) que não seria mais emitido na atmosfera se as leis brasileiras existentes fossem cumpridas.

Vou acreditar e apoiar o Plano Diretor Cicloviário quando verificar que nossos governantes estão corrigindo as coisas erradas, no passado e no presente, que podem oferecer segurança à população e ao meio ambiente. Evitando, assim, o desperdício do dinheiro público em obras que não funcionarão se o que já foi feito não for respeitado.

*Publicitário, diretor da Bike-Entrega

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

De volta, mais comedida

Depois de ter descoberto alguns lados dessa vida "blogueira", tento manter ativado este espaço.

Estive muito ocupada, escolinha de filho, trabalho, muito trabalho.

Setembro me engoliu!

Só retomei hoje porque realmente vão acontecer muitas coisas interessantes até o final do mês.

Será interessante contar um pouco para os viventes que gastam o seu precioso tempo lendo este blog. Vou cobrir o I Seminário de Comunicação e Sustentabilidade em São Paulo, que vai de 16 a 18 de outubro.

Depois vou pra Brasília, trabalhar também no workshop do projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, do Instituto O Direito por um Planeta Verde. Aliás, é justamente este projeto que tem tomado quase todo meu tempo. Estou gerenciando a comunicação, tratando de vários aspectos da comunicação, de site a logo, de caneca a release.

Além disso, a vida dessa tesoureira do Núcleo de Ecojornalistas não é nada fácil... ainda mais nesses tempos de nova sede, novo site, lançamento de livro etc.

E o desafio é ter uma vida sustentável...

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Plataforma Ambiental na Assembléia Legislativa RS

A SOS Mata Atlântica lança, nesta Segunda-feira, dia 1° Setembro em parceria com a Frente Parlamentar Ambientalista, a Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (ANAMMA), e o Instituto Brasileiro de Administração Municipal (IBAM), a Plataforma Ambiental aos governos locais, candidatos a prefeitos e vereadores municipais, com o objetivo de fornecer instrumentos para o cidadão nas Eleições Municipais de 2008 na busca do compromisso dos governos locais em uma Agenda Socioambiental.O evento acontece às 10 h Plenarinho João Neves da Fontoura da Assembléia Legislativa, em Porto Alegre.


Tomara que os deputados, os candidatos e eleitores, muitos eleitores prestigiem o evento. Aliás, não é de se esperar que apareça algum integrante do governo estadual. Pois para muitos deputados da atual gestão, cuidados ambientais têm significado entrave ao desenvolvimento. A assessoria de imprensa do evento disse que o lançamento conta com o apoio do deputado federal Vieira da Cunha, mas não soube dizer se algum deputado estadual gaúcho está colaborando com a iniciativa.

Todos os 3406 municípios brasileiros abrangidos pelo Bioma Mata Atlântica podem ser conferidos no Atlas dos Municípios da Mata Atlântica, desenvolvido pela SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e disponível no portal da SOS Mata Atlântica (www.sosma.org.br).

Entre os princípios que a Plataforma reforça estão o meio ambiente como bem de uso comum do povo, a priorização do interesse público, o acesso à informação, a participação da população e a compatibilidade com ações de âmbito econômico, social, de saúde, educacional e cultural. Baseado em três eixos estruturais: desenvolvimento sustentável (compatibilizar o desenvolvimento socioeconômico com preservação ambiental e qualidade de vida); educação e saúde (com investimento efetivo nestas áreas); e saneamento ambiental (água, esgoto e resíduos sólidos), o documento dá subsídios à população para que se cobre a importância dos municípios para a conservação ambiental.

O documento propõe a adoção, em cada município, de uma Agenda Institucional, que possibilite a implementação de sistemas municipais de gestão do meio ambiente, ao mesmo tempo em que convoca o Legislativo dos municípios para a discussão de instrumentos legais referentes a políticas ambientais municipais; de uma Agenda da Cidadania, que promova a mobilização social e gestão participativa, pelo uso de ferramentas como a Agenda 21 Local ou Educação Ambiental, entre outras; a criação de incentivos como o IPTU Verde; e a Agenda Temática, que englobe assuntos como a gestão de Águas e Florestas, Uso e Ocupação do Solo, Áreas Verdes, Resíduos Sólidos, Turismo Sustentável e Agricultura Sustentável. “Nosso intuito é mostrar que nas esferas locais (municipais) é que ocorre de fato a regulamentação e a aplicação das possibilidades legais de proteção ambiental apresentadas na Constituição Federal e, mais recentemente, na Lei da Mata Atlântica, aprovada no final de 2006”, reforça Mario Mantovani, diretor de Mobilização da SOS.

A Plataforma Ambiental 2008 já foi lançada no Congresso Nacional em Brasília, no Rio de Janeiro, em Salvador, em São Paulo, em Goiânia e em Presidente Prudente. Além de Porto Alegre o seu lançamento é previsto também para acontecer em outras cidades e capitais dos estados da Mata Atlântica, como, Fortaleza, Recife, Curitiba e Belo Horizonte, até setembro, envolvendo candidatos, partidos e organizações da sociedade civil.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Quantos copinhos descatáveis se consome em BSB?

Amanhã, quinta-feira, dia 28 de agosto, no auditório do Tribunal Superior do Trabalho, em Brasília, será realizado o III Fórum Governamental de Gestão Ambiental na Administração Pública (A3P).

A expectativa é ter a participação de mais de 400 participantes dos Três Poderes. Segundo o MMA, o encontro servirá para o governo saber se está praticando a sustentabilidade em suas obras. As melhores iniciativas, a partir de agora, serão premiadas pelo MMA. A idéia é buscar formas de tornar mais eficientes, do ponto de vista socioambiental, os gastos públicos na construção civil e na utilização de recursos energéticos.

Em 1999 ou 2000, não me lembro bem, participei do primeiro evento para discutir esse assunto em Brasília. Fui representando a Sema/Fepam. Na época, o Rio Grande do Sul era considerado pioneiro nas ações governamentais na área ambiental. Usávamos papel isento de cloro para as publicações e adotávamos as canecas de louça nos gabinetes.

Para minha surpresa, a pessoa que mais batalhava por essa causa, uma funcionária do quadro do MMA ou Ibama, se não me enganho, foi escanteada pela gestão Marina Silva. Mas ela foi mais longe: montou o Ecocâmara, uma iniciativa bárbara, que serve para melhorar as ações de sustentabilidade do parlamento nacional.

Mas falando em BSB, gostaria muito de saber quantas toneladas de copinhos de cafezinho são usadas por dia na Capital Federal. É um absurdo: nas sessões da Câmara, nas salas de reunião, nos auditórios, eventos, em qualquer lugar é distribuído o cafezinho por garçons.

Detalhe: em BSB não se cogita o servidor levar o café, como aqui em POA, tanto nos órgãos municipais quanto no governo do Estado, os próprios funcionários tem que desembolsar os apetrechos para o pretinho básico: térmica, cafeteira, açúcar etc. Ou seja: nós contribuintes é que pagamos os milhões de litros de café bebidos em Brasília.

Pelo menos neste ponto, o Rio Grande do Sul ainda é vanguarda.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Por uma hospedagem sustentável

A maior feira de esportes e turismo de aventura da América Latina, a Adventure Sports Fair 2008, que acontece de 4 a 7 de setembro, no Centro de Exposições Imigrantes em São Paulo, terá um pavilhão específico para debater questões importantes relacionadas a sustentabilidade no turismo sustentável e conservação do meio ambiente.

A grande novidade para esse ano é a construção de uma instalação representando uma ecopousada com objetivo principal demonstrar conceitos, equipamentos, produtos e serviços para a adoção de boas práticas para a sustentabilidade. A ecopousada terá aproximadamente 75m² e será construída com bambu, madeira certificada, reflorestada ou reaproveitada, fibras vegetais (sapé, junco, taboa, entre outras) e tintas naturais. Site: http://www.adventurefair.com.br. Telefone para mais informações: (11) 3816-2227.

Em Praia Grande, constatei pela primeira vez na vida, uma pousada realmente preocupada com a sua gestão ambiental: a Pousada Pedra Afiada. Ela fica de frente, na embocadura do canyon do Malacara. Um espetáculo. Além do visual e do conforto e bom gosto da decoração, a Pedra Afiada, pede para os clientes separarem seu lixo em três recipientes: o orgânico, que depois é dividido em várias composteiras, os rejeitos, como fio dental, pilhas, bandaid (sim porque muita gente faz bolhas nas caminhadas nos Aparados) e o lixo seco. Vale muito a pena conferir, sem falar que todos alimentos são produzidos ou na horta da pousada ou na região.