Esta saiu em artigo do Fernando Reinach no Estadão de 31 de julho.
"Recentemente um grupo de ecologistas coletou os mais de 28 mil levantamentos feitos entre 1905 e 2005 para 160 diferentes espécies de plantas nas seis cordilheiras européias. Eles dividiram os levantamentos em dois grupos: antes e depois de 1985. Quando os grupos foram comparados, eles observaram que a altitude preferencial da maioria das espécies se deslocou para altitudes maiores ao longo do século. Todas as árvores "subiram" a montanha. Na média, subiram 30 metros por década durante o século XX. Essa é mais uma conseqüência do aquecimento global, as árvores são obrigadas a subir as montanhas para escapar do calor. É fácil imaginar o que vai ocorrer quando, após subirem 30 metros por década, elas não tiverem mais para onde ir". (Manchetes Socioambientais, ISA)
quinta-feira, 31 de julho de 2008
Fundo para Mudança Climáticas
O presidente Lula e o ministro Minc, vão apresentar dia 1º de agosto, no Rio de Janeiro, o Projeto de Lei que cria o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima. Será que a ministra Dilma está por dentro do que trata a proposta?
Finalmente um presidente
O último dia do mês de julho teve uma agenda lotada em Brasília, em matéria de meio ambiente. Nesse dia também foi empossado o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, o experiente servidor do Ibama, o engenheiro agrônomo Rômulo Mello.
Ele já foi presidente do Ibama no governo FHC, diretor de Fauna da gestão de Marcus Barros e já ocupava o cargo de diretor de fauna do novo instituto. O Chibio, também chamado de “Chico Bento” por alguns funcionários do Ibama, foi criado pela dupla Marina/Capobianco no começo de 2007 e só agora conta com um presidente de fato. Ninguém tinha aceitado o convite antes.
Ele já foi presidente do Ibama no governo FHC, diretor de Fauna da gestão de Marcus Barros e já ocupava o cargo de diretor de fauna do novo instituto. O Chibio, também chamado de “Chico Bento” por alguns funcionários do Ibama, foi criado pela dupla Marina/Capobianco no começo de 2007 e só agora conta com um presidente de fato. Ninguém tinha aceitado o convite antes.
Reserva da Biosfera
Na rabeira do primeiro semestre, representantes dos Comitês e Conselhos de todas as Reservas da Biosfera do País - Amazônia, Pantanal, Cerrado, Mata Atlântica e Caatinga – reuniram se em Brasília. (Tomara que no próximo encontro já esteja instituída a Reserva da Biosfera do Pampa... o mais menosprezado dos biomas)
No Rio Grande do Sul, o Conselho Estadual da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, é um dos colegiados que mais funciona. Uns podem dizer que é porque não é controlado pelo atual governo do Estado, que tem patrolado as decisões técnicas dos resistentes funcionários dos órgãos estaduais de meio ambiente. Outros porque encontrou pessoas responsáveis dos mais diferentes segmentos da sociedade, leia-se Demétrio Guadagnin da Unisinos, Isabel Chiappetti, da Fepam entre outros.
No Rio Grande do Sul, o Conselho Estadual da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, é um dos colegiados que mais funciona. Uns podem dizer que é porque não é controlado pelo atual governo do Estado, que tem patrolado as decisões técnicas dos resistentes funcionários dos órgãos estaduais de meio ambiente. Outros porque encontrou pessoas responsáveis dos mais diferentes segmentos da sociedade, leia-se Demétrio Guadagnin da Unisinos, Isabel Chiappetti, da Fepam entre outros.
Espécies ameaçadas
O Diário Oficial da União do último dia de julho publicou a Instrução Normativa com a lista das espécies da fauna e da flora incluídas nos Anexos I, II e III da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (Cites). No total, a proteção da Cites se estende a cerca de 34.000 espécies de plantas e animais.
A IN publica as alterações estabelecidas na XIV Conferência das Partes da Convenção, realizada em 2007. O Decreto nº 3.607/2000, que dispõe sobre a implementação da Cites, estabelece que "resoluções, emendas e alterações dos Anexos I, II e III da Cites, adotadas nas Reuniões da Conferência das Partes, entrarão em vigor após a publicação de ato normativo, de competência do ministro do Meio Ambiente".
Com 173 Estados Partes, a Cites tem sua atuação restrita às transações do comércio internacional. A Cites, na qual o Brasil é Parte desde 1975, tem por objetivo controlar e fiscalizar o comércio internacional de espécies da fauna e flora silvestres ameaçadas, suas partes e derivados, com base num sistema de licença e certificados. (informações do MMA)
Resta saber se será mais uma determinação que ficará no papel... ou o Estado terá condições de fiscalizar?
A IN publica as alterações estabelecidas na XIV Conferência das Partes da Convenção, realizada em 2007. O Decreto nº 3.607/2000, que dispõe sobre a implementação da Cites, estabelece que "resoluções, emendas e alterações dos Anexos I, II e III da Cites, adotadas nas Reuniões da Conferência das Partes, entrarão em vigor após a publicação de ato normativo, de competência do ministro do Meio Ambiente".
Com 173 Estados Partes, a Cites tem sua atuação restrita às transações do comércio internacional. A Cites, na qual o Brasil é Parte desde 1975, tem por objetivo controlar e fiscalizar o comércio internacional de espécies da fauna e flora silvestres ameaçadas, suas partes e derivados, com base num sistema de licença e certificados. (informações do MMA)
Resta saber se será mais uma determinação que ficará no papel... ou o Estado terá condições de fiscalizar?
Prelúdio ao desabafo
Tanta coisa acontece e não se fica sabendo. Tantos interesses por trás dos acontecimentos. E na maior parte das vezes, quem paga a conta é o meio ambiente. Será que nossos netos e bisnetos vão nos perdoar?
Sei lá, o fato é que acho que cada um pode fazer um pouco para amenizar essa situação. Da mesma forma que sofro por ser jornalista e não encontrar formas de apresentar para a população as verdades, sofro por me deparar com a realidade dura de uma sociedade que parece não estar preocupada com a sua qualidade de vida.
Aqui vou dar informações - às vezes exclusivas - de quem já vivenciou os bastidores de órgãos públicos ambientais e ONGs, pois, a essa altura do campeonato, já se sabe que não há mocinhos e bandidos: todos precisamos sentar à mesa e conversar.
O caminho do meio, diriam os orientais. Ou então, algo mais radical: “se nenhuma parte ficou satisfeita, é porque o licenciamento está correto, é o menos pior para o ambiente”. Isso, porque o melhor é não haver o empreendimento...
O fato é que, neste espaço, pretendo mostrar um outro viés da informação ambiental. Talvez um lado de quem já foi cúmplice, outro de quem já foi protagonista ou outro de quem está cobrando de fora do balcão.
Tudo isso para tentar dar uma sacolejada nesse marasmo, na falta de mobilização, de consciência sobre o contexto em que estamos inseridos.
Sei lá, o fato é que acho que cada um pode fazer um pouco para amenizar essa situação. Da mesma forma que sofro por ser jornalista e não encontrar formas de apresentar para a população as verdades, sofro por me deparar com a realidade dura de uma sociedade que parece não estar preocupada com a sua qualidade de vida.
Aqui vou dar informações - às vezes exclusivas - de quem já vivenciou os bastidores de órgãos públicos ambientais e ONGs, pois, a essa altura do campeonato, já se sabe que não há mocinhos e bandidos: todos precisamos sentar à mesa e conversar.
O caminho do meio, diriam os orientais. Ou então, algo mais radical: “se nenhuma parte ficou satisfeita, é porque o licenciamento está correto, é o menos pior para o ambiente”. Isso, porque o melhor é não haver o empreendimento...
O fato é que, neste espaço, pretendo mostrar um outro viés da informação ambiental. Talvez um lado de quem já foi cúmplice, outro de quem já foi protagonista ou outro de quem está cobrando de fora do balcão.
Tudo isso para tentar dar uma sacolejada nesse marasmo, na falta de mobilização, de consciência sobre o contexto em que estamos inseridos.
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