quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Agapan na chaminé do Gasômetro

Domingo, dia 17, a Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan) comemora os 20 anos da subida e da ocupação do topo da Chaminé da Usina do Gasômetro em Porto Alegre. Na ocasião quatro integrantes da Agapan colocaram uma faixa de 45 metros de cumprimento com os dizeres "Não ao Projeto Praia do Guaíba - AGAPAN". O objetivo deste gesto foi chamar a atenção da opinião pública para a sessão da Câmara de Vereadores de Porto Alegre que naquela tarde iria votar o Projeto Praia do Guaíba, que visava a privatização da Orla do Guaíba.

No próximo domingo, a comemoração também tem como objetivo chamar a atenção para os riscos de privatização que novamente estão ameaçando o uso público da orla. A partir das 15h, haverá concentração e performance do artista e músico Zé Tambor, o Zé da Terrera. Os quatro "heróis" de 20 anos atrás, Gert Schinke (sumido do Estado há anos), Gerson Buss ( hoje doutorando em zoologia na Ufrgs), Sidnei Sommer (hoje técnico do setor de mineração da Fepam) e Guilherme Dornelles, serão homenageados. A Agapan vai lançar uma Campanha de Assinaturas, em parceria com os Movimentos Porto Alegre Vive, Solidariedade, Viva Gasômetro e Rio Guahyba, pela preservação da orla. O público será convidado a dar um abraço simbólico às margens do Guaíba.

A comemoração segue à noite, às 20h, com veiculação, pela TVCom, do documentário "Tomada da Chaminé", através do Programa Documento TVCom, produzido e editado por Leonardo Caldas Vargas e apresentado por Simone Lazzari, com reprise à meia-noite. Haverá entrevistas com os jovens (na época) que escalaram a Chaminé, com jornalistas, com fotos e cenas de vídeos da época.

Em meio as propostas de ocupação da orla do Guaíba, há muitas dúvidas. O que pode e o que não pode. O que a legislação diz e o que de fato acontece. Entretanto, o que a população pensa sobre esse assunto ainda é velado. É preciso mais comunicação, esclarecimento dos direitos dos porto-alegrenses. E o que se deve fazer para uma área como a do Estaleiro Só, que está abandonada, não continuar sendo apenas um livre território de Aedes aegypti ? E as partes do porto da Capital, que hoje é apenas estacionamento de navios avariados? O município ou o Estado teriam condições ou estariam dispostos a transformar a área em um amplo local de público de lazer?

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