quinta-feira, 9 de outubro de 2008

De volta, mais comedida

Depois de ter descoberto alguns lados dessa vida "blogueira", tento manter ativado este espaço.

Estive muito ocupada, escolinha de filho, trabalho, muito trabalho.

Setembro me engoliu!

Só retomei hoje porque realmente vão acontecer muitas coisas interessantes até o final do mês.

Será interessante contar um pouco para os viventes que gastam o seu precioso tempo lendo este blog. Vou cobrir o I Seminário de Comunicação e Sustentabilidade em São Paulo, que vai de 16 a 18 de outubro.

Depois vou pra Brasília, trabalhar também no workshop do projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, do Instituto O Direito por um Planeta Verde. Aliás, é justamente este projeto que tem tomado quase todo meu tempo. Estou gerenciando a comunicação, tratando de vários aspectos da comunicação, de site a logo, de caneca a release.

Além disso, a vida dessa tesoureira do Núcleo de Ecojornalistas não é nada fácil... ainda mais nesses tempos de nova sede, novo site, lançamento de livro etc.

E o desafio é ter uma vida sustentável...

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Plataforma Ambiental na Assembléia Legislativa RS

A SOS Mata Atlântica lança, nesta Segunda-feira, dia 1° Setembro em parceria com a Frente Parlamentar Ambientalista, a Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (ANAMMA), e o Instituto Brasileiro de Administração Municipal (IBAM), a Plataforma Ambiental aos governos locais, candidatos a prefeitos e vereadores municipais, com o objetivo de fornecer instrumentos para o cidadão nas Eleições Municipais de 2008 na busca do compromisso dos governos locais em uma Agenda Socioambiental.O evento acontece às 10 h Plenarinho João Neves da Fontoura da Assembléia Legislativa, em Porto Alegre.


Tomara que os deputados, os candidatos e eleitores, muitos eleitores prestigiem o evento. Aliás, não é de se esperar que apareça algum integrante do governo estadual. Pois para muitos deputados da atual gestão, cuidados ambientais têm significado entrave ao desenvolvimento. A assessoria de imprensa do evento disse que o lançamento conta com o apoio do deputado federal Vieira da Cunha, mas não soube dizer se algum deputado estadual gaúcho está colaborando com a iniciativa.

Todos os 3406 municípios brasileiros abrangidos pelo Bioma Mata Atlântica podem ser conferidos no Atlas dos Municípios da Mata Atlântica, desenvolvido pela SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e disponível no portal da SOS Mata Atlântica (www.sosma.org.br).

Entre os princípios que a Plataforma reforça estão o meio ambiente como bem de uso comum do povo, a priorização do interesse público, o acesso à informação, a participação da população e a compatibilidade com ações de âmbito econômico, social, de saúde, educacional e cultural. Baseado em três eixos estruturais: desenvolvimento sustentável (compatibilizar o desenvolvimento socioeconômico com preservação ambiental e qualidade de vida); educação e saúde (com investimento efetivo nestas áreas); e saneamento ambiental (água, esgoto e resíduos sólidos), o documento dá subsídios à população para que se cobre a importância dos municípios para a conservação ambiental.

O documento propõe a adoção, em cada município, de uma Agenda Institucional, que possibilite a implementação de sistemas municipais de gestão do meio ambiente, ao mesmo tempo em que convoca o Legislativo dos municípios para a discussão de instrumentos legais referentes a políticas ambientais municipais; de uma Agenda da Cidadania, que promova a mobilização social e gestão participativa, pelo uso de ferramentas como a Agenda 21 Local ou Educação Ambiental, entre outras; a criação de incentivos como o IPTU Verde; e a Agenda Temática, que englobe assuntos como a gestão de Águas e Florestas, Uso e Ocupação do Solo, Áreas Verdes, Resíduos Sólidos, Turismo Sustentável e Agricultura Sustentável. “Nosso intuito é mostrar que nas esferas locais (municipais) é que ocorre de fato a regulamentação e a aplicação das possibilidades legais de proteção ambiental apresentadas na Constituição Federal e, mais recentemente, na Lei da Mata Atlântica, aprovada no final de 2006”, reforça Mario Mantovani, diretor de Mobilização da SOS.

A Plataforma Ambiental 2008 já foi lançada no Congresso Nacional em Brasília, no Rio de Janeiro, em Salvador, em São Paulo, em Goiânia e em Presidente Prudente. Além de Porto Alegre o seu lançamento é previsto também para acontecer em outras cidades e capitais dos estados da Mata Atlântica, como, Fortaleza, Recife, Curitiba e Belo Horizonte, até setembro, envolvendo candidatos, partidos e organizações da sociedade civil.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Quantos copinhos descatáveis se consome em BSB?

Amanhã, quinta-feira, dia 28 de agosto, no auditório do Tribunal Superior do Trabalho, em Brasília, será realizado o III Fórum Governamental de Gestão Ambiental na Administração Pública (A3P).

A expectativa é ter a participação de mais de 400 participantes dos Três Poderes. Segundo o MMA, o encontro servirá para o governo saber se está praticando a sustentabilidade em suas obras. As melhores iniciativas, a partir de agora, serão premiadas pelo MMA. A idéia é buscar formas de tornar mais eficientes, do ponto de vista socioambiental, os gastos públicos na construção civil e na utilização de recursos energéticos.

Em 1999 ou 2000, não me lembro bem, participei do primeiro evento para discutir esse assunto em Brasília. Fui representando a Sema/Fepam. Na época, o Rio Grande do Sul era considerado pioneiro nas ações governamentais na área ambiental. Usávamos papel isento de cloro para as publicações e adotávamos as canecas de louça nos gabinetes.

Para minha surpresa, a pessoa que mais batalhava por essa causa, uma funcionária do quadro do MMA ou Ibama, se não me enganho, foi escanteada pela gestão Marina Silva. Mas ela foi mais longe: montou o Ecocâmara, uma iniciativa bárbara, que serve para melhorar as ações de sustentabilidade do parlamento nacional.

Mas falando em BSB, gostaria muito de saber quantas toneladas de copinhos de cafezinho são usadas por dia na Capital Federal. É um absurdo: nas sessões da Câmara, nas salas de reunião, nos auditórios, eventos, em qualquer lugar é distribuído o cafezinho por garçons.

Detalhe: em BSB não se cogita o servidor levar o café, como aqui em POA, tanto nos órgãos municipais quanto no governo do Estado, os próprios funcionários tem que desembolsar os apetrechos para o pretinho básico: térmica, cafeteira, açúcar etc. Ou seja: nós contribuintes é que pagamos os milhões de litros de café bebidos em Brasília.

Pelo menos neste ponto, o Rio Grande do Sul ainda é vanguarda.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Por uma hospedagem sustentável

A maior feira de esportes e turismo de aventura da América Latina, a Adventure Sports Fair 2008, que acontece de 4 a 7 de setembro, no Centro de Exposições Imigrantes em São Paulo, terá um pavilhão específico para debater questões importantes relacionadas a sustentabilidade no turismo sustentável e conservação do meio ambiente.

A grande novidade para esse ano é a construção de uma instalação representando uma ecopousada com objetivo principal demonstrar conceitos, equipamentos, produtos e serviços para a adoção de boas práticas para a sustentabilidade. A ecopousada terá aproximadamente 75m² e será construída com bambu, madeira certificada, reflorestada ou reaproveitada, fibras vegetais (sapé, junco, taboa, entre outras) e tintas naturais. Site: http://www.adventurefair.com.br. Telefone para mais informações: (11) 3816-2227.

Em Praia Grande, constatei pela primeira vez na vida, uma pousada realmente preocupada com a sua gestão ambiental: a Pousada Pedra Afiada. Ela fica de frente, na embocadura do canyon do Malacara. Um espetáculo. Além do visual e do conforto e bom gosto da decoração, a Pedra Afiada, pede para os clientes separarem seu lixo em três recipientes: o orgânico, que depois é dividido em várias composteiras, os rejeitos, como fio dental, pilhas, bandaid (sim porque muita gente faz bolhas nas caminhadas nos Aparados) e o lixo seco. Vale muito a pena conferir, sem falar que todos alimentos são produzidos ou na horta da pousada ou na região.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Arte do Papel e o Papel da Arte

Fazer papel é uma arte milenar, e nas últimas décadas artistas de todo o mundo tem utilizado este material como uma linguagem. Este encontro entre artistas plásticos e artífices do papel apresenta experiências da Capital gaúcha, do interior e do Uruguai, em situações onde esta parceria deu belos resultados.

Participam Ana Pettini, Celina Cabrales, André Venzon, Nilci Deon e a artista especialmente convidada Gabriela Martinez. É uma promoção da Usina do Papel , que comemora 16 anos de atividade na Usina do Gasômetro. O seminário acontecerá no dia 27 de agosto das 14 às 18 horas, na sala 400 do Centro Cultural Usina do Gasômetro, tem entrada franca e não necessita inscrição prévia.

Além da plasticidade e das inúmeras formas de utilização do papel, temos muito que aprender com os significados do processo, da trajetória do papel, este invento tão precioso, que hoje faz com que milhões de árvores sejam plantadas pelo mundo afora.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Ecosustentável

O Grupo Eco, de São Paulo, com apoio institucional da Câmara Americana de Comércio e do Instituto Ethos, reunirá especialistas para discutir a importância da sustentabilidade na construção de relacionamentos duradouros, e como a gestão sustentável é percebida por públicos estratégicos.

Um aspecto interessante é que o evento vai abordar como as ferramentas de comunicação podem ser utilizadas para disseminar valores e princípios, e contribuir para o estabelecimento de relações verdadeiras, alinhadas com os compromissos das organizações.

Também vai tratar da percepção que os públicos estratégicos têm das ações de comunicação e marketing: se elas são coerentes, comprometidas com um processo de conscientização e de transformação ou apenas para ilustrar a imagem das empresas.

Essas e outras questões que estão presentes no cotidiano de inúmeros profissionais que hoje são responsáveis pela implementação da gestão sustentável nas suas organizações serão apresentadas.

O evento acontecerá nesta quinta, 21 de agosto, a partir das 14 horas, na AMCHAM, Rua da Paz, 1431, Chácara Santo Antonio, São Paulo, SP.

Mar desprotegido


Matéria da Folha de S. Paulo do dia 16 de agosto, retrata uma realidade pouco conhecida da população. Ao comer cação, badejo e camarão-sete-barbas, os brasileiros estão, sem saber, consumindo animais aquáticos ameaçados de extinção ou que sofrem com o excesso de pesca no Brasil. De acordo com o governo federal, 80% dos recursos explorados pela pesca marinha sofrem com sobrepesca, estão ameaçados ou em processo de recuperação.

Apesar disso, somente 0,4% dos mares brasileiros são protegidos em unidades de conservação federais. Incluindo as reservas estaduais, a porcentagem sobe para 0,8%. A realidade internacional não é muito diferente: há cerca de 1% de mares protegidos no globo. Em vista disso, o Greenpeace inicia na próxima semana uma campanha para proteger os oceanos no país. A entidade defende que as áreas protegidas subam para 40% no mundo e que o Brasil faça a sua parte. (Manchetes Socioambientais, ISA)

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Combate às restrições ao uso da terra

O Editorial de hoje, 15 de agosto, do Estadão mostra bem como pensa muita gente:

"A agricultura brasileira está sendo tão cerceada pela delimitação de áreas cada vez maiores para reservas ambientais ou indígenas e por restrições ao uso da terra. O ministro da Agricultura estima que cerca de 70% do território brasileiro tem algum impedimento para a atividade agropecuária, por causa da presença de reservas indígenas, áreas de quilombolas, assentamentos agrários ou outras formas de restrição.

O Decreto nº 6.514 impõe a averbação, num prazo de 120 dias, de reserva legal de 20% de todas as propriedades - prazo impossível de ser cumprido. Direitos essenciais, como o de propriedade, estão sendo limitados até mesmo por meio de portarias de autoridades de segundo escalão, como o presidente da Funai, que, no mês passado, demarcou como terras indígenas uma área que pode chegar a aproximadamente um terço do território de Mato Grosso". (Manchetes Socioambientais, ISA)

No dois pra lá, dois prá cá, quem dança é a floresta

Texto do GT Floresta do FBOMS, divulgado agora há pouco, 17h de 15 de agosto"

Acordo anunciado pelos Ministros do Meio Ambiente e da Agricultura reduz proteção da Amazônia e rompe compromisso público de Minc

Contrariando seu discurso de posse, quando afirmou que o Presidente Lula não permitiria a redução da Reserva Legal na Amazônia, o Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, anunciou acordo com o Ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, para possibilitar que os produtores rurais possam fazer a recuperação da reserva legal com espécies exóticas. Isso significa na prática a redução da reserva legal de 80% para 50% na Amazônia, pois monoculturas de espécies exóticas não cumprem a função ecológica prevista no Código Florestal.

A proposta é a mesma do projeto de lei 6424/05, conhecido como Floresta Zero de autoria do Senador Flexa Ribeiro, por permitir bacias hidrográficas sem cobertura florestal. A possibilidade de compensação de reserva legal em outra bacia hidrográfica desestimula a recuperação de áreas degradadas, e mantém o cenário de desequilíbrio ambiental promovido pelos desmatamentos.
Consideramos fundamental que qualquer discussão ou negociação em torno do Código Florestal seja feita de forma transparente e com participação da sociedade civil e da comunidade científica.

Esse debate precisa levar em conta os demais biomas brasileiros, igualmente importantes.
Aprimorar o Código Florestal, na lógica de otimizar o uso de áreas desmatadas e impedir novos desmatamentos é uma perspectiva positiva do ponto de vista socioambiental. Para tanto, é fundamental que as mudanças consolidem um entendimento comum de valorização da floresta.
As entidades abaixo assinadas reconhecem que é indispensável para o país promover o desenvolvimento econômico sustentável e a geração de empregos. Combinar esses fatores à conservação e recuperação dos recursos naturais, garantindo a integridade dos ecossistemas é nosso desafio.

A crise climática global e o papel dos desmatamentos na emissão de gases de efeito estufa exigem uma postura enérgica de controle dos desmatamentos e manutenção dos ativos florestais existentes no País. Recente estudo divulgado pela Embrapa sobre “Aquecimento global e a nova geografia da produção agrícola no Brasil” demonstra que o aquecimento global deve alterar profundamente a configuração da agricultura no Brasil e provocar perdas de R$ 7 bilhões.
Infelizmente, no governo Lula, vale a máxima de Schelling: “não existe absurdo que não encontre o seu porta-voz”.

Amigos da Terra – Amazônia Brasileira
Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida - Apremavi
Conservação Internacional - CI
Fórum Matogrossense de Meio Ambiente e Desenvolvimento - FORMAD
Instituto Centro de Vida - ICV
Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia - IPAM
Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia - IMAZON
Instituto Socioambiental - ISA
Greenpeace
Grupo de Trabalho da Amazônia – GTA
Vitae Civilis Instituto para o Desenvolvimento, Meio Ambiente e Paz
WWF Brasil

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Cursos de aperfeiçoamento em SP

O Centro Brasileiro de Biologia da Conservação (CBBC) do Instituto de Pesquisas Ecológicas em São Paulo já está com sua programação para o segundo semestre definida. Acompanhe:


Curso de História Ecológica Global Data: 30 e 31 de agosto
Curso de Mercado de Carbono Data: 05 a 07 de setembro
Curso de Viveiros e Mudas Data: 12 a 14 de setembro
Curso Básico de GPS (Sistema de Posicionamento Global) Data: 04 e 05 de outubro
Curso de Metodologias para Projetos de MDL Data: 16 a 19 de outubro
X Curso Latino Americano de Ecologia Quantitativa (Bioestatística) Data: 24 a 28 de outubro
Curso de Modelagem de Biodiversidade Data: 31 de outubro a 02 de novembro
IX Curso Latino Americano de Biologia da Conservação Data: 04 de novembro a 03 de dezembro
Curso de Métodos de Estimativa de Riqueza e Análise da Biodiversidade Data: 14 a 16 de novembro
Curso de Sensoriamento Remoto e SIG aplicada a Biologia da Conservação Data: 18 a 25 de novembro
Curso de Amostragem de Distâncias (Distance Sampling) Data: 06 a 09 de dezembro

Informações: http://www.ipe.org.br/ / cbbc@ipe.org.br 55 (11) 4597-1327 / 9981-2601

Que legal seria ter uma inciativa assim no Rio Grande do Sul...

Cinturão humano cerca reservas ambientais

No Estadão de hoje, 14 de agosto, saiu um artigo de Fernando Reinach com informações dramáticas para a preservação da biodiversidade:

"Um grupo de cientistas estudou o que ocorre com as populações humanas no entorno das unidades de conservação. O objetivo do estudo foi descobrir se a demarcação de uma reserva atrai ou afugenta populações humanas de seu entorno. O resultado mostra que em 245 das 306 reservas em 38 dos 45 países estudados a densidade populacional no cinturão em volta das reservas cresce com o dobro da velocidade do resto da área rural do país. Na América Latina, em 20% das reservas estudadas, o acúmulo de pessoas no entorno da unidade de conservação é cinco vezes mais rápido do que em outras regiões. A criação de reservas e o investimento que elas atraem transforma essas regiões em micropólos de desenvolvimento e adensamento populacional e isso é um dos maiores perigos para o futuro das unidades de conservação". (Manchetes Ambientais, ISA)

Compatibilizar o crescimento, o aumento da população com conservação ambiental é o grande desafio.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Agapan na chaminé do Gasômetro

Domingo, dia 17, a Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan) comemora os 20 anos da subida e da ocupação do topo da Chaminé da Usina do Gasômetro em Porto Alegre. Na ocasião quatro integrantes da Agapan colocaram uma faixa de 45 metros de cumprimento com os dizeres "Não ao Projeto Praia do Guaíba - AGAPAN". O objetivo deste gesto foi chamar a atenção da opinião pública para a sessão da Câmara de Vereadores de Porto Alegre que naquela tarde iria votar o Projeto Praia do Guaíba, que visava a privatização da Orla do Guaíba.

No próximo domingo, a comemoração também tem como objetivo chamar a atenção para os riscos de privatização que novamente estão ameaçando o uso público da orla. A partir das 15h, haverá concentração e performance do artista e músico Zé Tambor, o Zé da Terrera. Os quatro "heróis" de 20 anos atrás, Gert Schinke (sumido do Estado há anos), Gerson Buss ( hoje doutorando em zoologia na Ufrgs), Sidnei Sommer (hoje técnico do setor de mineração da Fepam) e Guilherme Dornelles, serão homenageados. A Agapan vai lançar uma Campanha de Assinaturas, em parceria com os Movimentos Porto Alegre Vive, Solidariedade, Viva Gasômetro e Rio Guahyba, pela preservação da orla. O público será convidado a dar um abraço simbólico às margens do Guaíba.

A comemoração segue à noite, às 20h, com veiculação, pela TVCom, do documentário "Tomada da Chaminé", através do Programa Documento TVCom, produzido e editado por Leonardo Caldas Vargas e apresentado por Simone Lazzari, com reprise à meia-noite. Haverá entrevistas com os jovens (na época) que escalaram a Chaminé, com jornalistas, com fotos e cenas de vídeos da época.

Em meio as propostas de ocupação da orla do Guaíba, há muitas dúvidas. O que pode e o que não pode. O que a legislação diz e o que de fato acontece. Entretanto, o que a população pensa sobre esse assunto ainda é velado. É preciso mais comunicação, esclarecimento dos direitos dos porto-alegrenses. E o que se deve fazer para uma área como a do Estaleiro Só, que está abandonada, não continuar sendo apenas um livre território de Aedes aegypti ? E as partes do porto da Capital, que hoje é apenas estacionamento de navios avariados? O município ou o Estado teriam condições ou estariam dispostos a transformar a área em um amplo local de público de lazer?

Ainda o Zoneamento

O ambientalista Paulo Brack, professor de Botânica da Ufrgs e membro do Ingá, comenta notícia publicada neste blog sobre o Diálogo Florestal:

“Aviso aos membros da APEDEMA que o Ingá e outras entidades pretendem encaminhar às ONGs que participam do "Diálogo" uma carta solicitando que entidades ou representantes da Rede Mata Atlântica evitem de trazer esta estratégia das empresas para o Pampa, pois estamos lutando para que o ZAS seja retomado e esta iniciativa pode comprometer nossas lutas, dividindo o movimento, e fortalecendo a sensação de COMPATIBILIDADE de mega-empreendimentos de silvicultura neste bioma eminentemente campestre e tão desprotegido.

A mensagem foi enviada para a lista da Apedema – Assembléia Permanente de Entidades em Defesa do Meio Ambiente do Rio Grande do Sul.

Aracruz premiada

A Newsletter da Aracruz de hoje, dia 13 de agosto, festeja que a empresa está em primeiro lugar na categoria “Fornecedores” do Anuário de Gestão Sustentável 2008, que apresenta os resultados da 5ª Pesquisa de Responsabilidade Social Empresarial da Região Sul. Realizada numa parceria entre a Editora Expressão e a Civitas Responsabilidade Social, a enquete mostra um panorama atualizado do nível de consciência socioambiental das companhias do sul. As premiadas se destacaram em um dos sete temas avaliados: valores, transparência e governança; público interno; governo e sociedade; meio ambiente; fornecedores; consumidores e clientes; e comunidade.

Será que comissão julgadora tomou conhecimento de como foi o processo de aprovação do Zoneamento Ambiental para Atividade de Silvicultura no Rio Grande do Sul?

A propósito por que existe um canyon entre o que as empresas divulgam e o que o movimento ambientalista gaúcho acredita?

Seminário em Pelotas

A semana que vem, no dia 19, terça-feira, será realizado o III Seminário Políticas Públicas de Meio Ambiente: a ofensiva do setor da celulose sobre o Pampa e alternativas para o desenvolvimento local. A idéia da organização é provocar a descentralização do debate sobre a defesa do bioma Pampa.

Segundo um dos organizadores do evento, o ecólogo Felipe Amaral, a idéia é envolver os alunos das faculdades de agronomia, biologia, engenharia florestal e veterinária da região.

Sairá um ônibus de Porto Alegre, às 7h, no Largo Zumbi dos Palmares, antigo Largo da Epatur. A volta é no final do dia. O local do evento será no auditório da Faculdade de Agronomia/UFPEL, o horário das 10h às 17h. Mais informações pelo fone51. 9988 1191, e-mail:contato@institutobiofilia.org.br.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Gestão Ambiental em Tapes

O Curso de Gestão Ambiental do Pólo da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, em Tapes, já está se articulando em sua 1ª. Semana Acadêmica. A iniciativa é do Diretório Acadêmico do Pólo (DAPT).

O objetivo é difundir entre os alunos do curso, os futuros vestibulandos e a comunidade em geral conhecimentos acerca da atuação profissional dos tecnólogos em Gestão Ambiental, bem como a situação de seu mercado de trabalho.

A "1ª. Semana Acadêmica da Gestão Ambiental" ocorre na Câmara Municipal da cidade, de 6 a 10 de outubro de 2008, das 19h30 às 22h. O encerramento, dia 11 de outubro, e conta com uma saída de campo às 9h. Parabéns para os alunos que estão fazendo para que a bela região de Tapes entre no circuito de debates ambientais.

Três vagas no Funbio

Abriu na última sexta-feira o processo seletivo ao Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), nas áreas de Análise de Sistemas, Informática ou Processamento de Dados (1 vaga) e Economia e Meio Ambiente (2 vagas). Os candidatos deverão acessar o Sistema de Cadastro de Currículos do Funbio até o dia 20 de agosto. Vale conferir, só que precisa morar no Rio.

Política Nacional de Resíduos Sólidos

Em audiência pública, nesta quarta-feira, dia 13, serão discutidos os instrumentos fiscais e tributários necessários à implementação de uma Política Nacional de Resíduos Sólidos, pela Comissão Especial de Resíduos Sólidos. Participam da audiência o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Carlos Eduardo Young; o representante do Instituto Brasil Ambiental, Sabetai Calderone; e o representante da Confederação Nacional da Indústria, Marco Antônio Guarita. Um dos maiores problemas ambientais do Brasil é a destinação inadequada de resíduos. Resta saber como os municípios vão se articular para encarar mais essa...

Fontes Renováveis em pauta

A Comissão Especial de Fontes Renováveis tem duas audiências públicas nesta semana. A primeira, dia 12, amanhã, contará com a presença dos professores: de Planejamento Energético, Roberto Schaffer; do Laboratório de Hidrogênio, Paulo Emílio Valadão de Miranda; do Laboratório de Tecnologia Submarina, Segen Farid Estefe; e do presidente do Conselho Gerenciador do Centro Nacional de Referência em Biomassa (Cenbio), José Roberto Moreira.

Na segunda, que ocorre quarta-feira, dia 13, estarão presentes o coordenador da iniciativa Cidades Solares, Délcio Rodrigues (ex-diretor do Greenpeace); o diretor executivo do departamento nacional de Aquecimento Solar, Carlos Faria; e o superintendente de Planejamento e Operação de Geração e Transmissão da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), Evandro Leite Vasconcelos.

Papel Reciclado em PL

O Projeto de Lei estabelecendo que, nas compras governamentais, deve ser dada preferência ao papel reciclado, será discutido amanhã, dia 12, em reunião da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA).

Na pauta, constam também dois itens que tratam da conservação da floresta amazônica: o que altera a Lei do Petróleo (Lei 9.478/97) para destinar parcela dos royalties à conservação da floresta; e o que institui a Política de Redução dos Efeitos da Seca na Amazônia.

Mais que um Diálogo

O Diálogo Florestal, movimento que visa o debate entre as empresas de base florestal, mais precisamente do setor de celulose e o movimento ambientalista, terá encontro no dia 15 de agosto em Rosário do Sul. O encontro ocorre das 9h às 17h, no Golf Clube ( Rua Presidente Costa e Silva, nº 50). Quem quiser saber mais informações sobre o encontro, o telefone (51) 3233-7206.

No Rio Grande do Sul, o encontro está contando com a articulação da ambientalista Kathia Vasconcelos Monteiro (ex-Núcleo Amigos da Terra (NAT/Brasil), hoje independente). Várias entidades, ligadas à Rede de ONGs da Mata Atlântica, já vem participando do Diálogo para Mata Atlântica, onde foram conquistados avanços na conservação de áreas naturais. Outro aspecto interessante, é a troca de experiências entre as empresas, pois algumas estão mais avançadas que outras na visão da importância da biodiversidade.

sábado, 2 de agosto de 2008

Novo diretor do FNMA

Tudo indica que o gaúcho Fabrício Barreto será o novo diretor do Fundo Nacional de Meio Ambiente. O bageense está lotado na Agência Nacional das Águas, depois que saiu da Secretaria Executiva do MMA, juntamente com o secretário executivo Claudio Langone.

Fabrício trabalhou no gabinete da então recém-criada Secretaria Estadual do Meio Ambiente do Sul, no governo Olívio Dutra, quando Langone era secretário. Antes disso, como engenheiro químico, atuou no Departamento Municipal de Limpeza Urbana de Porto Alegre, para regularização dos resíduos sólidos da Capital.

Boa sorte, Fabrício e que seu trabalho qualifique os projetos e a atuação da sociedade no fundo.

APPs urbanas a perigo!

O Projeto de Lei 3517/08, do deputado José Carlos Vieira (DEM-SC), permite que os municípios alterem os limites das Áreas de Preservação Permanente (APPs) localizadas no perímetro urbano. Isso é um baita risco para destruir ainda mais o pouco verde das cidades!

Os limites são fixadas pelo Código Florestal (Lei 4.771/65), e as regras para intervenção nessas áreas são federais. E as APPS são áreas às margens dos cursos d'água (nascentes, córregos, rios, lagos), ou no topo de morros, em dunas, encostas, manguezais, restingas e veredas.

Calcula-se pouco mais de 20% do território brasileiro estejam em APPs (mais do que um estado e meio do Pará).Conforme resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), só pode haver supressão da vegetação nessas áreas em casos de utilidade pública, interesse social e de baixo impacto ambiental.

Agora, pergunto: se o rio não é propriedade do município, porque a sua proteção seria de sua responsabilidade?

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Árvores fogem do calor

Esta saiu em artigo do Fernando Reinach no Estadão de 31 de julho.

"Recentemente um grupo de ecologistas coletou os mais de 28 mil levantamentos feitos entre 1905 e 2005 para 160 diferentes espécies de plantas nas seis cordilheiras européias. Eles dividiram os levantamentos em dois grupos: antes e depois de 1985. Quando os grupos foram comparados, eles observaram que a altitude preferencial da maioria das espécies se deslocou para altitudes maiores ao longo do século. Todas as árvores "subiram" a montanha. Na média, subiram 30 metros por década durante o século XX. Essa é mais uma conseqüência do aquecimento global, as árvores são obrigadas a subir as montanhas para escapar do calor. É fácil imaginar o que vai ocorrer quando, após subirem 30 metros por década, elas não tiverem mais para onde ir". (Manchetes Socioambientais, ISA)

Fundo para Mudança Climáticas

O presidente Lula e o ministro Minc, vão apresentar dia 1º de agosto, no Rio de Janeiro, o Projeto de Lei que cria o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima. Será que a ministra Dilma está por dentro do que trata a proposta?

Finalmente um presidente

O último dia do mês de julho teve uma agenda lotada em Brasília, em matéria de meio ambiente. Nesse dia também foi empossado o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, o experiente servidor do Ibama, o engenheiro agrônomo Rômulo Mello.

Ele já foi presidente do Ibama no governo FHC, diretor de Fauna da gestão de Marcus Barros e já ocupava o cargo de diretor de fauna do novo instituto. O Chibio, também chamado de “Chico Bento” por alguns funcionários do Ibama, foi criado pela dupla Marina/Capobianco no começo de 2007 e só agora conta com um presidente de fato. Ninguém tinha aceitado o convite antes.

Reserva da Biosfera

Na rabeira do primeiro semestre, representantes dos Comitês e Conselhos de todas as Reservas da Biosfera do País - Amazônia, Pantanal, Cerrado, Mata Atlântica e Caatinga – reuniram se em Brasília. (Tomara que no próximo encontro já esteja instituída a Reserva da Biosfera do Pampa... o mais menosprezado dos biomas)

No Rio Grande do Sul, o Conselho Estadual da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, é um dos colegiados que mais funciona. Uns podem dizer que é porque não é controlado pelo atual governo do Estado, que tem patrolado as decisões técnicas dos resistentes funcionários dos órgãos estaduais de meio ambiente. Outros porque encontrou pessoas responsáveis dos mais diferentes segmentos da sociedade, leia-se Demétrio Guadagnin da Unisinos, Isabel Chiappetti, da Fepam entre outros.

Espécies ameaçadas

O Diário Oficial da União do último dia de julho publicou a Instrução Normativa com a lista das espécies da fauna e da flora incluídas nos Anexos I, II e III da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (Cites). No total, a proteção da Cites se estende a cerca de 34.000 espécies de plantas e animais.

A IN publica as alterações estabelecidas na XIV Conferência das Partes da Convenção, realizada em 2007. O Decreto nº 3.607/2000, que dispõe sobre a implementação da Cites, estabelece que "resoluções, emendas e alterações dos Anexos I, II e III da Cites, adotadas nas Reuniões da Conferência das Partes, entrarão em vigor após a publicação de ato normativo, de competência do ministro do Meio Ambiente".

Com 173 Estados Partes, a Cites tem sua atuação restrita às transações do comércio internacional. A Cites, na qual o Brasil é Parte desde 1975, tem por objetivo controlar e fiscalizar o comércio internacional de espécies da fauna e flora silvestres ameaçadas, suas partes e derivados, com base num sistema de licença e certificados. (informações do MMA)

Resta saber se será mais uma determinação que ficará no papel... ou o Estado terá condições de fiscalizar?

Prelúdio ao desabafo

Tanta coisa acontece e não se fica sabendo. Tantos interesses por trás dos acontecimentos. E na maior parte das vezes, quem paga a conta é o meio ambiente. Será que nossos netos e bisnetos vão nos perdoar?


Sei lá, o fato é que acho que cada um pode fazer um pouco para amenizar essa situação. Da mesma forma que sofro por ser jornalista e não encontrar formas de apresentar para a população as verdades, sofro por me deparar com a realidade dura de uma sociedade que parece não estar preocupada com a sua qualidade de vida.


Aqui vou dar informações - às vezes exclusivas - de quem já vivenciou os bastidores de órgãos públicos ambientais e ONGs, pois, a essa altura do campeonato, já se sabe que não há mocinhos e bandidos: todos precisamos sentar à mesa e conversar.


O caminho do meio, diriam os orientais. Ou então, algo mais radical: “se nenhuma parte ficou satisfeita, é porque o licenciamento está correto, é o menos pior para o ambiente”. Isso, porque o melhor é não haver o empreendimento...


O fato é que, neste espaço, pretendo mostrar um outro viés da informação ambiental. Talvez um lado de quem já foi cúmplice, outro de quem já foi protagonista ou outro de quem está cobrando de fora do balcão.


Tudo isso para tentar dar uma sacolejada nesse marasmo, na falta de mobilização, de consciência sobre o contexto em que estamos inseridos.